Paulo Carvalho

Marcelo Crivella (Republicanos) foi detonado por declarações homofóbicas e preconceituosas no último debate antes do segundo turno da eleição. Na Globo, o atual prefeito da capital carioca não repetiu o seu principal ataque contra a emissora, “Globolixo”, e partiu para a briga contra Eduardo Paes (DEM).
A fala homofóbica do bispo licenciado pela Igreja Universal do Reino de Deus veio durante um discurso vinculando o rival com o PSOL. Paes, inclusive, deixou claro que a aliança era mais contra o atual chefe da cidade do que a seu favor.
“O PSOL não está me apoiando, o PSOL, como vários partidos à direita e à esquerda, está fazendo um voto crítico contra o Crivella. Ele é tão ruim que tem uma página no Facebook que chama Eu odeio Eduardo Paes, algo assim, que já declarou voto em mim. Todos querem que o pior prefeito da história saia correndo”, afirmou o ex-prefeito.
Crivella, então, disse que Paes, durante sua gestão, transformou o Rio de Janeiro na “capital mundial do turismo gay”. “Ele covardemente não enfrentou o assunto. Porque ele fez do Rio de Janeiro a capital mundial do turismo gay. Ora Eduardo, por favor seja pelo menos honesto neste tema”, reclamou.
Em outro momento, o político apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro tratou um assunto religioso de forma pejorativa. “Respeito muito o samba, o Carnaval do povo. Na Intendente Magalhões [estrada onde desfilam as escolas do grupo de acesso do Carnaval], eu dobrei o que ele dava, fiz o calendário das rodas de samba”, argumentou.
“O Eduardo dava 70 milhões [de reais] para o Carnaval porque ele queria desfilar no Carnaval, ia com chapeuzinho de Zé Pelintra, saía na capa do jornal, queria autopromoção. Por isso ele pegava o dinheiro das pessoas para se promover”, acusou.
“O Eduardo Paes vai ser preso e digo isso com coração partido, porque ele cometeu os mesmos erros que Cabral e Pezão”, profetizou o sobrinho do bispo Edir Macedo, citando dois dos três últimos governadores do estado acusados de corrupção.
“Vocês vão perceber o desespero do candidato. Ele vai usar esse tom a noite inteira e eu quero tratar de propostas para a cidade. E ele morre de medo de ser preso quando aquele Rafael Alves, do QG da Propina, começar a falar”, revidou Eduardo Paes, se referindo ao empresário apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como operador do esquema de Crivella.
Confira a repercussão na web:
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