Ex-chefão da Fórmula 1, Bernie Ecclestone disse, em entrevista à agência Reuters, que mantém "poucas esperanças" de que haja Fórmula 1 em 2020 devido à pandemia do coronavírus e disse que ele já declarou "fim de jogo". O britânico, que ficou praticamente quatro décadas à frente da categoria, falou que, se fosse ele, teria cancelado a temporada e disse que não vê chances de que o GP da Inglaterra aconteça em julho.
- O que eu faria hoje? Eu acho que teria que dizer a todos que encerraríamos as corridas esse ano. Essa é a única coisa que você pode fazer com segurança para todo mundo, para que ninguém comece a fazer arranjos tolos que talvez não possam acontecer. É o que precisaram fazer com as Olimpíadas, é claro. É lamentável, mas é assim que é - comentou, fazendo referência ao adiamento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio de 2020 para 2021.
Bernie Ecclestone diz que cancelaria F1 em 2020 se fosse chefão ainda — Foto: Getty Images
A Fórmula 1 disse que espera fazer uma temporada reduzida com 15 a 18 corridas ao todo, começando em algum momento no verão - a partir de junho - mas Ecclestone, que desenhou esse calendário por anos até que saiu da linha de frente da categoria em 2017 - se mostrou pessimista com esse cenário.
- Eu ficaria muito, muito, muito surpreso se eles conseguissem. Eu espero que consigam. Realmente espero. Eles poderiam fazer três ou quatro corridas no início do ano que vem contando ainda como o campeonato de 2020. O problema é onde você vai fazê-las que as equipes possam comparecer e os promotores queiram fazer essas corridas. O grande problema é fazer com que os promotores queiram realizá-las - disse.
Ecclestone lamentou ainda pelas pessoas terem que "tomar decisões sem saber quando a crise vai acabar".
- Se você acreditasse no nosso homem na América, (presidente) Donald (Trump), ele diz que tudo vai ficar OK. Eu não tenho certeza. Talvez ele tenha uma informação que não tenho - acrescentou.
Os organizadores do GP de Monaco já cancelaram a corrida, fazendo com que 2020 seja a primeira temporada em 66 anos sem a tradicional etapa. A Austrália, que abre o calendário, também foi cortada definitivamente. A Fórmula 1 começou o ano anunciando um calendário com recorde de 22 corridas agora precisa remarcar seis - Barein, Vietnã, China, Holanda, Espanha e Azerbaijão.
Mais corridas devem ser adiadas. No Reino Unido, todos os esportes a motor foram cancelados até o fim de junho. Portanto, o GP da Inglaterra, que é em julho, corre muitos riscos de não acontecer. Antes disso, etapas no Canadá, França e Áustria, que travam suas próprias batalhas contra a doença, estão marcadas no calendário inicial, mas dificilmente ocorrerão.
- Silverstone (GP da Inglaterra) não pode acontecer, com certeza.
Apesar do tom pessimista, Ecclestone encerrou a entrevista falando que tudo isso poderia ser uma oportunidade para empresa americana que detém os direitos da F1.
- Seria uma boa oportunidade para a Liberty Media de realmente ter o controle de tudo, assumir o controle de todos os promotores e cortar custos imediatamente para as equipes, então eles precisariam de 70 pessoas ao invés de 700.
Fonte:Globoesporte.com
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