Diretor da FIA revela bastidores de relargada com pista molhada e sem safety car no GP da Alemanha

Octane/Action Plus via Getty Images

A mudança na regulamento que dava ao diretor de corrida a opção de iniciar uma corrida com pista molhada a partir do grid, com os carros em formação normal, em vez de atrás do safety car em fila indiana, foi feita em 2017 - parte por reclamação do público e outra parte por pedido dos próprios pilotos. Mas a primeira largada do tipo foi realizada somente agora no GP da Alemanha de 2019.

Na ocasião, o safety car foi para a pista de Hockenheim e puxou a fila dos pilotos por quatro voltas, sendo uma de apresentação e outras três já valendo pela prova. Só após constatar que as condições do asfalto estavam melhores, o diretor de corridas da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Michael Masi, deu o ok para que a relargada fosse feita a partir do grid. Masi explicou os bastidores para a tomada de decisão.

- Foi uma movimentação fluida, a julgar pelas condições da pista. Nós julgamos todos os fatores até o sinal de 10 minutos para a largada. Mas o que provavelmente muita gente não sabe é que também mandamos o carro médico para a pista para algumas voltas. O piloto completou algumas voltas para dar um feedback sobre a mudança na condição da pista. Além disso tínhamos o serviço de meteorologia. Em seguida, nós da direção de prova, nos dividimos os rádios dos 20 pilotos em quatro para saber a opinião geral dos pilotos. Por isso tudo, foi uma decisão muito tranquilo a de optar pela relargada parada - explica Masi.

Michael Masi é o novo diretor de provas da Fórmula 1 — Foto: Getty Images

Michael explica a importância de ouvir todos os pilotos quando há uma condição de pista como a do último domingo. Segundo o diretor, enquanto o líder pode preferir menos água para se manter na ponta com mais tranquilidade, os que estão atrás podem gostar mais de condições adversas para terem mais oportunidades conquistarem posições.

- E foi por isso que dividimos os 20 pilotos entre nós quarto. Porque aí você tem uma boa compreensão do cenário. Porque se você tem dois extremos, é uma coisa, mas se você tem todo mundo com a mesma opinião, já melhora - afirma.

Com a largada autorizada, a única preocupação de Masi era o spray gerado pelos carros da frente e a visibilidade de quem vinha atrás. Uma vez que isso também não foi um problema, o dirigente afirma que não motivos para não repetir o procedimento em condições similares no futuro.

- Havia spray na largada, mas acho que, em geral, não foi tão ruim. As voltas dadas atrás do safety car serviram para escoar boa parte da água que estava acumulada na pista. E se tivermos uma nova corrida, com as mesmas condições e circunstâncias, não acho que faremos diferente - revela.

E apesar de muita gente esperar por uma nova corrida movimentada como foi o GP da Aleamanha, a probabilidade de isso se repetir na Hungria é pequena, já que a previsão atual para a etapa deste domingo, em Budapeste, é de sol.

Fonte:Globoesporte.com