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Enterro de detento que morreu em incêndio na prisão da polícia de Carabobo é realizado nesta sexta-feira (30) (Foto: Adriana Loureiro/Reuters)
O procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, informou neste sábado (31) que cinco policias "indiciados por responsabilidades" na morte de 68 pessoas em um incêndio numa penitenciária do estado Carabobo, na quarta-feira passada, foram presos.
"Ditadas ordenes de prisão pelo Ministério Público contra cinco funcionários do PoliCarabobo investigados de serem responsáveis dos trágicos fatos que provocaram a morte de 68 cidadãos nas celas do Comando de tal Polícia regional: Já detidos #Justiça", publicou Saab no Twitter.
Segundo ele, entre os cinco está o subdiretor da Polícia de Carabobo, Jose Luis Rodríguez.
"Entre tais funcionários da Polícia de Carabobo detidos destaca-se Jose Luis Rodríguez, subdiretor de tal instituição policial; o Ministério Público garante o esclarecimento destes trágicos fatos e a punição a todos os responsáveis sem distinção", escreveu em outra mensagem.
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Parentes se emocionam durante enterro de detento morto em incêndio em prisão na cidade de Valência, na Venezuela (Foto: Juan Carlos Hernandez/AFP)
Na quarta-feira passada, 68 pessoas morreram, no que Saab descreveu como "suposto incêndio" dentro de uma cela da penitenciária de Valência, capital de Carabobo. Segundo a imprensa e diversas ONG, o incêndio aconteceu durante um motim.
Saab, que foi defensor do Povo, disse pouco depois do ocorrido que as vítimas eram 66 homens e duas mulheres. As mulheres participavam de uma visita. No mesmo dia, ele anunciou a designação de quatro promotores para esclarecer os fatos.
Nesta sexta o governo venezuelano pediu ao Ministério Público (MP) uma investigação sobre o caso e anunciou a criação de "uma equipe multidisciplinar e a ativação dos protocolos necessários para a proteção integral de cada uma das famílias afetadas".
O Observatório Venezuelano de Prisões estima que o país tenha hoje 32.600 detidos em presídios, quando o espaço é para 8.500.
A notícia do incêndio e da morte das 68 pessoas chegou à Organização das Nações Unidas (ONU) que declarou estar "horrorizada" com o caso e pediu respeito às famílias das vítimas.