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Passageiros foram obrigados a entrar em bagageiro de ônibus (Foto: Reprodução RBS TV)
Os passageiros do ônibus da viação Catarinense assaltado na madrugada de sábado (29) começaram a ser ouvidos pela Polícia Civil. Aqueles que residem em Caçador, no Oeste, foram os primeiros dos 42 que estavam no veículo que deram depoimento à polícia.
Segundo o delegado Ronnie Esteves, a polícia precisa esclarecer a dinâmica do crime e a identidade dos autores. Há suspeita de que o ônibus fosse o alvo errado. Até o início da tarde desta segunda-feira (31), ninguém havia sido preso.
Durante o assalto, duas mulheres ficaram feridas - uma delas, ferida por estilhaços na cabeça, continuava internada nesta segunda (31). Os ocupantes do ônibus da viação Catarinense contaram que tiveram de tirar as roupas e ficaram presos por horas dentro do bagageiro até conseguirem sair e retornar para a rodoviária.
“Alguns passageiros teriam informado que os assaltantes estariam à procura de uma determinada pessoa, ainda precisamos documentar isso, conversar exatamente com quem ouviu essa informação. Então, precisamos entrar em contato com a listagem completa de passageiros, porque alguém pode ter visto ou ouvido algo que pode nos levar à identidade dos autores do crime”, explicou Ronnie Esteves.
Conforme o delegado, há vários pontos a serem esclarecidos. Alguns passageiros relataram que um veículo escuro abordou o ônibus, outros disseram que foi um veículo prata. A polícia também reconstituir o itinerário.
“Temos pouca informação, há dificuldade em definir o ponto exato em que o veículo foi abordado, sabemos que foi em um local ermo, próximo a Taquara Verde [distrito de Caçador]. A grande maioria das pessoas era de fora, o veículo saiu de Florianópolis e foi recebendo outros passageiros ao longo da viagem, então há muita gente para ser ouvida. O próximo passo é ouvirmos o motorista”, comentou.
Ônibus retornou para a rodoviária de Caçador com os feridos (Foto: Cleriton Freire/Caçador Online)
Crime
Conforme a viação Catarinense, o ônibus havia saido de Florianópolis com destino a Assunção, no Paraguai. O veículo parou em outras seis cidades catarinenses, a última delas Caçador. Depois, deveria parar em outras oito cidades do Paraná, a última seria Foz do Iguaçu, duas no Paraguai e tinha como destino final Assunção.
Segundo os passageiros relataram à Polícia Militar, quando o ônibus chegou ao distrito de Taquara Verde, ainda no município, um veículo emparelhou e começaram a ser feitos disparos contra a cabine do motorista, que foi obrigado a parar.
Ainda segundo o relato dos ocupantes, um homem ficou no carro e outros três subiram no ônibus e renderam os passageiros. Eles tinham os rostos cobertos e portavam armas curtas, segundo os relatos, e ainda fizeram dois disparos para o alto dentro do ônibus.
Obrigados a ficar no bagageiro
Os ladrões levaram dinheiro e pertences dos passageiros e os obrigaram a ficar apenas de roupa íntima, trancados no bagageiro do ônibus. Em seguida, o motorista teria sido obrigado a conduzir o ônibus até uma área de reflorestamento, e depois foi colocado no bagageiro junto com os passageiros.
Somente algumas horas depois as vítimas conseguiram sair do porta-malas e o ônibus seguiu de volta para a rodoviária, a cerca de 30 km de distância. Em imagens feitas ainda na madrugada, é possível ver marcas de tiros no veículo. Um pneu ficou destruído.
Em nota, a viação Catarinense informou que "enviou um ônibus reserva ao local e está prestando atendimento aos passageiros e familiares."
A empresa declarou também que o motorista do ônibus assumiu a direção em Rio do Sul e passa por uma avaliação de saúde que deve ser ponto de partida para que seja definido se ele fica afastado das funções até se recuperar do trauma do assalto.
Fonte:G1
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