Preso em flagrante após se envolver em uma briga no trânsito e ser autuado pela morte do empresário Adriano Correia do Nascimento, de 32 anos, além da tentativa de homicídio de outro passageiro da caminhonete, o policial rodoviário, de 47 anos, não teve direito à fiança e permanecerá na cadeia, em Campo Grande.
De acordo com o delegado João Eduardo Davanço, da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Centro, o suspeito reforçou a tese de legítima defesa. Durante depoimento, o policial alegou que foi "fechado" por três vezes na avenida Ernesto Geisel, sendo que suspeitou de embriaguez por parte do condutor da caminhonete e por isso decidiu fazer a abordagem.
"Toda a versão será confrontada com a perícia, laudos e depoimentos das testemunhas. A autoridade policial decidiu por mantê-lo preso e agora ele permanece à disposição da Justiça, em uma cela da Delegacia Especializada de Repressão à Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras)", afirmou ao portal G1 o delegado.
Após o depoimento, o suspeito foi levado para o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Legal). De acordo com o delegado, ele não possuía histórico criminal, bem como a vítima. No histórico do policial, consta que ele participava de competições de tiro.
Desespero
Um vídeo gravado por testemunhas logo depois da confusão mostra o desespero dos passageiros da caminhonete. Eles aparecem caídos na rua, ao lado da caminhonete, enquanto o empresário está morto no banco do motorista.
Um vídeo gravado por testemunhas logo depois da confusão mostra o desespero dos passageiros da caminhonete. Eles aparecem caídos na rua, ao lado da caminhonete, enquanto o empresário está morto no banco do motorista.
O policial está vestido com uma camisa listrada, calça do uniforme e o coturno, com a arma em punho, ao lado de policiais militares. O passageiro da caminhonete grita e xinga o policial. "Ele está morto por causa dele, esse cara é o responsável, ele é o responsável, prende ele", fala aos policiais militares se referindo ao policial rodoviário.
Testemunhas disseram que a briga começou porque a caminhonete teria fechado o carro do policial, mas não souberam informar se foi de propósito ou acidentalmente.
"Só porque fechamos ele na saída ali ele veio e pressionou nós (sic). Esse cara aí. O Adriano está morto", afirma uma das vítimas no vídeo. O suspeito conversa com os PMs e o homem ferido discorda ao ouvir o diálogo. "É mentira sua, ninguém te ameaçou de nada. Nós nem armado estamos. Pode revistar o carro aqui. Meu amigo está morto aqui dentro. Ô meu Deus! Ele atirou na gente para matar
Entenda o caso
O empresário dirigia uma caminhonete que foi alvo dos disparos feitos pelo policial. Ele morreu no local. Além do empresário, estavam no carro um homem de 48 anos, que foi atingido por um tiro na perna, e um adolescente, que teve ferimentos por conta da batida no poste. Os dois foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros para a Santa Casa.
O empresário dirigia uma caminhonete que foi alvo dos disparos feitos pelo policial. Ele morreu no local. Além do empresário, estavam no carro um homem de 48 anos, que foi atingido por um tiro na perna, e um adolescente, que teve ferimentos por conta da batida no poste. Os dois foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros para a Santa Casa.
A confusão aconteceu na avenida Ernesto Geisel, em frente ao Horto Florestal, no começo da manhã deste sábado (31). A caminhonete onde estavam as vítimas bateu em um poste após ser atingida por tiros. O suspeito estava sozinho no carro e três pessoas ocupavam a caminhonete, que bateu no poste. A estrutura de concreto caiu sobre o carro depois da colisão.
Equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estavam no local. A pista foi isolada para os trabalhos da perícia da Polícia Civil.
Fonte:G1
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